quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Fim.

Tudo tem o seu tempo e um blog não é excepção. Os sítios, as pessoas, as ideias, há sempre um tempo próprio e um blog enquanto espelho de tudo isso não é nem pode ser uma excepção. Há sempre um momento em que, por mais que custe, tem que se aceitar que o caminho percorrido chegou ao fim. Não é que o sitio, a pessoa, a ideia ou o caminho sejam maus em si: apenas acontece que devido a uma circunstância ou devido a um conjunto delas, simplesmente deixa de fazer sentido. E não se encontra uma nesga de espaço por onde se possa continuar. O caminho deste blog há muito tempo que chegou ao fim.

O fim deste blog era em si uma limitação ao seu próprio tempo: se o objectivo era avacalhar uma Faculdade cheia de gente que se leva a si própria demasiado a sério ou que, pior ainda, não encara os outros com o mínimo indispensável de seriedade, não faria sentido continuar com o blog no momento em que abandonássemos a FDL. Há blogs que duram anos e anos (a propósito, parabéns Persona) mas o nosso nunca poderia ser um desses.

Não é que a Faculdade já não precise de ser avacalhada. Eu e os meus amigos e colegas de bloguismo é que já não somos os mais indicados para o fazer. Já não temos aulas, testes, campanhas eleitorais ou sessões conspirativas no Bar Novo. Já não sabemos quem são grande parte das personagens, apesar de algumas das que nós conhecemos ainda por lá andarem, com uma vontade inabalável de consumir o oxigénio que lhes devia estar vedado uma vez que é um bem escasso. Já não podemos manter as embirrações de estimação e fomentar novas. 

Gostava que houvesse gente que continuasse o que nós fizemos. A denunciar o que está mal quando tem que se denunciar. A fazer bota abaixo quando apetece mandar abaixo. A chamar estúpidos às criaturas que perguntam se podem alterar a ordem das questões nos testes (sorte a vossa eu não ser assistente, iam todos parar a método B na hora seus estafermos). E a fazê-lo de modo despretensioso. Nunca pretendemos representar ninguém ou ter qualquer tipo de projecção. Fizemos tudo pelo gozo de fazer. 

Mas, como já se disse, o tempo passou. Do mesmo modo que fazemos quando acabamos de ler um livro, é hora de colocar este blog na estante para que quem venha a seguir o possa consultar: que é coisa que esses animais que escondem legislação anotada pelos recantos da biblioteca não fazem.  

Para terminar, porque o texto já vai longo (e quantas vezes por aqui tornei os textos longos, demasiado longos), 3 referências.

A primeira, aos leitores. Aos que gostaram do que aqui colocámos, aos que não gostaram, aos que conhecíamos pessoalmente, aos que não chegámos a conhecer, aos amigos e aos conhecidos que por aqui passaram, aos que comentavam assiduamente, não comentavam ou só comentavam quando lhes dava na telha - vá, e porque não, aos senhores do spam também - um obrigado por terem visitado o tasco.

A segunda, aos meus amigos e companheiros de armas 9,5/Lyon e FDS. Fizeram com que este blog valesse a pena e com que a Faculdade fosse um sitio onde eu gostasse de estar. Este é o ultimo post, aqui ou noutro lado qualquer, assinado por Miguel Pereira, este nick, que até nem é bem um nick mas pronto, fica reservado para este espaço que agora termina. Mas vou andar por aí, à lá Santana Lopes, e se quiserem discutir assuntos blogosféricos, nostalgia FDLiana ou apenas beber uma cerveja, saberão como me contactar. Se o quiserem fazer no eixo Campo Pequeno - Cidade Universitária, melhor.

A terceira, a todos quanto a leiam, é uma referência ao Filósofo Charles, que, em sábias palavras, fez um resumo de quase tudo, inclusivé do Requerimento É Idiota!: "In the end, everything is a gag".

Até à próxima.

Miguel Pereira

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Fumado o presunto...

O Requerimento nasceu com um propósito glorioso: molestar, ainda que com um palitito roído, o poder instaurado na FDL, na UL, no ensino superior e em Portugal inteiro. A seu modo, trazia uma pequena sensação satisfatória de justiça ao colectivo do Requerimento cada post que era publicado.


Os nossos leitores não eram muitos mas, apreciavam a nossa audácia quase pueril de, no anonimato da internet, irmos denunciando aquelas pequenices que tanto transtornam a vida de uma pessoa. Guardo boas recordações do Requerimento. Infelizmente, na transição para a vida activa deixei para trás a FDL e a comunicação com as poucas boas pessoas que lá conheci e o blog foi perdendo aquela vitalidade vontade-de-revolucionar.


Encaro o Requerimento como uma dessas pessoas. Esteve lá, fez parte. O Requerimento cumpriu o seu propósito. Avacalhou as pessoas e as situações que mereciam avacalho. Não coloco de parte entrar num outro projecto blogger da mesma envergadura com o Miguel e o Nove, até porque o avacalho está no sangue.

Descansa em paz, Requerimento. Que o teu arquivo seja uma mais-valia para a eternidade.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Requerimento foi Idiota

Este blog teve o seu propósito, as suas lutas, os seus momentos altos, enfim, a sua história. Ou não, a verdade é que nunca teve um propósito propriamente dito, e muito menos um que fosse sério. Mas de qualquer das maneiras, hoje em dia a sua missão -qualquer que ela fosse- está cumprida, o tempo passou, e o blog deixou de fazer sentido. O facto de não haver uma única piada relacionada com o Relvas prova o quão desactualizado isto está. Aliás, o próprio conceito de blog tem vindo a sair de moda, hoje em dia se ainda se encontra algum espírito crítico e humor FDLiano, é em páginas do Facebook. O que não é propriamente um ponto positivo, principalmente quando o tipo de humor na moda é importado, contra todas as recomendações da troika. Mas adiante...

Tenho a comunicar que este blog faleceu. Bateu a bota, esticou o pernil.

Nos próximos dias haverá espaço para discursos fúnebres de despedida, últimos recados, preces, etc. Depois, será post(ad)a a pedra tumular.

Da minha parte, decidi fazer um pequeno best-of pessoal dos posts que mais gozo me deram fazer, ler ou reler (já que me deu para ir ao baú ver alguns dos posts), acerca da nossa mui nobre academia:

- A lista I, lista oficial do blog que tentou concorrer à AAFDL. Não nos deixaram, mas ainda tivemos direito a vários cartazes de campanha. Programa Eleitoral, Programa Eleitoral -parte II,
- Saga contra as mudanças constantes do Regulamento de Avaliação, em que destaco  este post, mas teve imensos.
- Recolha de opiniões sobre o Regulamento da Avaliação da FDL.
- Como funcionam os exames na FDL. A primeira coisa que têm de aprender sobre eles. Como funcionam os recursos de exame, e a base legal para a sua rejeição liminar.
- Lobbies da FDL.
- Novo complexo desportivo da FDL.
- Guião para um LipDub oficial da FDL.
- Sugestão de Grelha de Programação para a AAFDL TV.
- Códigos Civis com motor de pesquisa incluído.
- Estudos sobre a jurisprudência e doutrina da Biblioteca da FDL.
- Solidariedade para com a AAFDL quando tentou vender a faculdade.
- Um mistério que ficou por resolver. E outro.
- O sempre actual post sobre o desaparecimento do FDS.
- As fotos que abalaram uma Instituição.
- A genialidade de ter uma faculdade com Internet Wireless gratuita mas não ter onde ligar os portáteis.
- Homenagem à D. Fernanda.
- Investigação da Autoridade Idiota da Concorrência acerca de um cartel que actuava na FDL, com concertação de preços.
- Um post mais ou menos sério sobre o espírito académico da FDL e as lideranças da AAFDL.
- Uma iniciativa da AAFDL que teve o nosso apoio. Mas foi só essa.


domingo, 16 de setembro de 2012

sábado, 8 de outubro de 2011

Olha a Universidade a ir-te ao cú e a dizer que é por um bem maior

A Universidade de Lisboa entregou à EMEL a missão de gerir o espaço de estacionamento da Cidade Universitária.
Já a partir de dia 10 de Outubro, os 485 lugares de estacionamento na via pública da zona da Cidade Universitária vão passar a ser geridos pela EMEL, como resposta à necessidade sentida de melhor ordenar o estacionamento e mobilidade nesta zona central da cidade.
A partir de Novembro a EMEL vai, ainda, gerir um parque de estacionamento na zona da Cidade Universitária com 600 lugares, intervindo para a melhoria e modernização da gestão deste parque.
Com o estacionamento mais ordenado na Cidade Universitária conseguimos contribuir para o arranjo e ordenamento do Campus, sendo esta, uma das medidas que consta do Plano Estratégico da Universidade de Lisboa 2009/2013.
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O Requerimento ajuda. Como deveria ser a newsletter:

A Universidade de Lisboa entregou à EMEL a missão de gerir o espaço de estacionamento da Cidade Universitária. Já a partir de dia 10 de Outubro, os 485 lugares de estacionamento na via pública da zona da Cidade Universitária vão passar a ser geridos pela EMEL, como resposta à falta de dinheiro gritante que há na Universidade e ao total desrespeito que há pelo estudante, esse ser que se anda de carro, é rico, e pode pagar 4.80€ por um máximo de 4 horas de estacionamento. A partir de Novembro a EMEL vai também sugar os alunos que utilizam o parque de estacionamento na zona da Cidade Universitária com 600 lugares, intervindo para a melhoria e modernização da gestão deste parque, que mais barato com toda a certeza não ficará. Com o estacionamento mais ordenado na Cidade Universitária conseguimos continuar a foder os alunos utilizando o pretexto de contribuir para o arranjo e ordenamento do Campus, sendo esta, de resto, uma das prioridades que consta do Plano Estratégico da Universidade de Lisboa 2009/2013.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Bar Velho morreu!

Levaram as máquinas de jogos, as mesas de bilhar, as cadeiras, as mesas, o balcão, e fecharam a porta. No dia seguinte já não abriu.

Tinha rádio, mas não tinha um DJ que aguentasse o barco sozinho, como o Bar Velho digital, que não morreu, foi morrendo. Este foi mesmo de morte súbita. Talvez melhor assim, que já ninguém tinha paciência para um só DJ.

Rei morto, rei posto. Viva o BAR VELHO, antigamente conhecido por BAR NOVO! Que até já tem descendência assegurada.

Agora o BAR VELHO fica à esquerda de quem desce, e o Bar Novo nos antigos Jardins Proibidos à esquerda de quem entra no Hall de entrada. Como as coisas mudam, nunca pensei que os bares envelhecessem.

O Requerimento procura informadores que nos venham cá contar o que raio aconteceu ao Bar de cujus. Será que a causa foi o neto? E a propósito, quem explorava o Bar de cujus, e quem explora agora o Bar Novíssimo? Informações que nos levem à verdade dos factos não serão recompensadas, e quem falar arrisca-se a desaparecer de um dia para o outro. Mas falem!

O DJ do Requerimento

sábado, 17 de setembro de 2011

Bolonha: Das tretas à realidade e como o curso continua igual desde há 150 anos

Falemos das disciplinas optativas que nos prometerem com Bolonha, neste caso para o 4º ano (não nos esquecemos!):

MENTIRAS PROMETIDAS


A REALIDADE:



Onde param as disciplinas que supostamente iriam dar alguma modernidade ao curso? Estão disponíveis em diversos cursos ao longo do ano, em que a inscrição em cada um deles é mais cara do que as propinas anuais que pagamos! Vivam os negócios dos Institutos da Faculdade, em detrimento da qualidade da licenciatura!

Notas rápidas:
- Segundo um dos horários para o 4º ano, há uma nova disciplina chamada União Económica Internacional. A europeia já dá a merda que dá, e agora inventam uma internacional. Mas deve ser um mero lapso, porque nos outros dois horários a disciplina chama-se União Económica e Monetátia (tvi).
- Ainda nesta disciplina, os horários dão a Prof. Paula Rosado Pereira como Regente da Cadeira. No programa da cadeira, já disponibilizado, o regente é o Prof. José Renato Gonçalves. Fantástico. Um deve ficar com a UE Internacional, e o outro com a UE Monetátia.

domingo, 3 de julho de 2011

Como sacar apontamentos do Scribd

Por alguma razão, está muito na moda pôr todos os apontamentos e mais alguns num site chamado Scribd. Só que esse site não deixa fazer download sem registo, e pagamento para acesso a alguns documentos.

O Requerimento acorda do seu sono e pouca actividade de idoso, para vir cumprir mais uma missão de serviço público.

Em primeiro lugar, temos de vos dar nas orelhas por virem atrás de apontamentos. Estudem pelos livros seus preguiçosos! Agora que já vos demos nas orelhas, vamos lá tentar safar esse exame/oral que têm para fazer dentro de algumas horas:

-Sacar o software PDF Creator.
[Glosas a itálico]
As seguintes glosas não fazem parte dos passos que estão a seguir. São offtopic:
1) Este é um software muito útil para passar qualquer tipo de documentos escritos para .pdf. Já vos disseram que há uma penalização costumeira na faculdade, em que perdem 2 pontos cada vez que entregam um trabalho em .doc, certo? E se escreverem no próprio e-mail que enviam ao professor, podem considerar-se imediatamente em método B.
2) Instruções para passar o documento para PDF: Imprimam o documento, mas em vez de seleccionarem a impressora, seleccionem o PDF Creator. Sigam as instruções, não mexam no que não souberem o que é, e está feito.

-Com a página do Scribd aberta no documento que querem, clique direito do rato em algum lado da página que não o documento, e carregar em Ver código fonte da página.
Varia conforme o browser, se não tiverem nada disso, usem o Firefox.

Nesse aglomerado de código que compõe uma página de internet, procurem uma linha parecida com esta:

http://pt.scribd.com/services/oembed?url=http%3A%2F%2Fwww.scribd.com%2Fdoc%2F47721035%2documento3&format=json
Façam Ctrl+F (firefox), procurem pela expressão a bold e encontram logo.
Abram esse link.

-Aparecerá uma janela com uma linha de código comprida. Nela, procurem a expressão ?document_id.
Usem o Ctrl+ F no Firefox. Há um document_id que não tem o "?" antes. Não é esse.

Depois de o encontrarem, copiem o endereço no qual a expressão de encontra, e que se encontra delimitado por aspas. Copiem esse endereço, colem lá em cima no browser e abram-no.
Abrir-se-à uma página com o documento. Espectáculo!

Façam imprimir (e não download!), e em vez de escolher a vossa impressora, escolham o software PDF Creator. Sigam as instruções. Em documentos muito grandes, poderá demorar alguns segundos a processar, e pode deixar de responder por pouco tempo. Aí têm os vossos apontamentos.

PS: É óbvio que precisam do Adobe Reader para ler documentos .pdf

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Em Psicologia é assim.

Há uns tempos pensei em lançar aqui no blog uma nova rubrica que se iria intitular, "Se eu pudesse deixava o carro na esplanada do Bar Novo".

Isto porque alguns campeões gostavam muito de deixar a sua carroça o mais próximo possível da entrada do Bar Novo, chegando por vezes a dificultar a vida a quem utilizava aquela porta, mais próxima do Metro, como alternativa à entrada principal da Faculdade. Para além de incómoda ,esta situação poderia ter algum perigo pois os veículos ficavam bastante próximos de uma instalação de gás, mas isso não era realmente uma preocupação para mim, pois não era proprietário de nenhum.

De qualquer das formas, acabei por não lançar coisa nenhuma. E ainda bem que o fiz. Ou que não fiz. Também não vale a pena estar aqui a discutir questões de sintaxe. Isto porque recentemente passei pela Faculdade de Psicologia e descobri que comparado com o que por lá se passa, aquilo que na FDL chamamos de estacionamento selvagem, mais não é do que um mero estacionamento mal-criado ou um estacionamento travesso. Fomos vencidos.

Vejam por vocês próprios e tirem as vossas conclusões.






quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lobbies da FDL

Caros Finalistas,

O resultado da segunda votação do destino da viagem de finalistas foi:

Cabo Verde - 36 votos
Tunísia - 11 votos
Brasil - 10 votos
México - 10 votos
Ibiza - 5 votos



Cabo Verde?!?! Yeah, sure... faz todo o sentido.

sábado, 27 de novembro de 2010

Ahhh Marinho!!

Iniciem-se as revoltas, os pasmos, os "como é possível" e as lamentações. Lamentem o estilo, o populismo, e a pouca dignidade que dá ter um sangue-de-lama com média de 11 como Bastonário.

E depois calem-se, respeitando a vontade democrática expressa nas urnas. Quando se cria um monstro em cativeiro, tem de se ter cuidado para ele não ficar com mais força do que nós. E não me estou a referir ao Marinho, mas a um monstro composto por 27 mil pessoas.

Onde está agora "o Bastonário por todos criticado", que "ninguém o queria", e que "tinha todos os advogados contra si"?

Que mania que algumas pessoas têm de falar como se a sua visão e opinião pessoal e do seu círculo de amigos fosse uma verdade universal e incontestável. Vamos ver qual o prazo de legitimidade que esta eleição dá a Marinho. Três anos não será de certeza. Daqui a 6 meses já estará com as armas de novo apontadas em sua direcção.

Que analogia interessante podia fazer, politicamente...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Passatempo Requerimento É Idiota e Biblioteca Nacional

Quem nos acompanha sabe que uma das fontes de inspiração recorrentes deste blog é a Biblioteca da nossa Faculdade. Contudo hoje será feita uma excepção: vamos criticar outra biblioteca, a Biblioteca Nacional.

Esse espaço situado no Campo Grande vai entrar em obras pelo que será necessário encontrar espaços alternativos para aqueles que o frequentam, quer sejam utilizadores ocasionais quer vivam lá desde 1970 e não tenham visto a luz do dia desde então. Nesse sentido, foi apresentada uma lista de outras bibliotecas em que está incluída a nossa muita amada Biblioteca da FDL. A lista está aqui.

Neste ponto a questão que se coloca e que tem tanto de primitivo como de essencial é: e onde é que se vão sentar?

O tipico frequentador da biblioteca endireita-se, faz voz grossa e grita: Não passarão pelo Receptáculo de Manápulas! Nem mais um utilizador para as fotocopiadoras!

Lamento muito caro tipico frequentador da biblioteca, agora que o Receptáculo finalmente daria jeito para repelir os invasores para a Biblioteca de Letras já não se encontra ao serviço, tendo sido retirado. Mas acho que a placa da Caixa ainda lá está. Será que agora patrocina a parede?

Amanhã vou lá confirmar.

Para concluir, todos sabemos o Darfur jurídico que a biblioteca se torna com o aproximar dos testes e sobretudo dos exames pelo que não sei até que ponto será viável receber mais gente. Da nossa parte, ficam aqui com uns pequenos passatempos "Em que estantes estão os códigos do Doutor Wally, biblioteca da FDL rules" para se entreterem enquanto esperam por uma mesa.







sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Jurisprudência do Caralho

Não, este não é um post ordinário. Nós cá não gostamos dessas merd... coisas. Este post versa, literalmente, sobre jusrisprudência do "caralho", nomeadamente quanto à multiplicidade de significados de "caralho", que variam conforme o contexto em que a palavra é proferida:


I - A palavra “caralho”, proferida por militar (Cabo da Guarda Nacional Republicana), na presença do seu Comandante, em desabafo, perante a recusa de alteração de turnos, não consubstancia a prática do crime de insubordinação por outras ofensas, previsto e punível pelo artigo 89º, n.º 2, alínea b), do Código de Justiça Militar.
II - Será menos própria numa relação hierárquica, mas está dentro daquilo que vulgarmente se designa por “linguagem de caserna”, tal como no desporto existe a de “balneário”, em que expressões consideradas ordinárias e desrespeitosas noutros contextos, porque trocadas num âmbito restrito (dentro das instalações da GNR) e inter pares (o arguido não estava a falar com um oficial, subalterno, superior ou general, mas com um 2º Sargento, com quem tinha uma especial relação de proximidade e camaradagem) e são sinal de mera virilidade verbal. Como em outros meios, a linguagem castrense utilizada pelos membros das Forças Armadas e afins, tem por vezes significado ou peso
específico diverso do mero coloquial.

Fonte

E no referido acórdão, ainda se pode ler:

Segundo as fontes, para uns a palavra “caralho” vem do latim “caraculu” que significava pequena estaca, enquanto que, para outros, este termo surge utilizado pelos portugueses nos tempos das grandes navegações para, nas artes de marinhagem, designar o topo do mastro principal das naus, ou seja, um pau grande. Certo é que, independentemente da etimologia da palavra, o povo começou a associar a palavra ao órgão sexual masculino, o pénis. E esse é o significado actual da palavra, se bem que no seu uso popular quotidiano a conotação fálica nem sequer muitas vezes é racionalizada.
Com efeito, é público e notório, pois tal resulta da experiência comum, que CARALHO é palavra usada por alguns (muitos) para expressar, definir, explicar ou enfatizar toda uma gama de sentimentos humanos e diversos estados de ânimo.
Por exemplo “pra caralho” é usado para representar algo excessivo. Seja grande ou pequeno demais. Serve para referenciar realidades numéricas indefinidas (exº: "chove pra caralho"; "o Cristiano Ronaldo joga pra caralho"; "moras longe pra caralho"; "o ácaro é um animal pequeno pra caralho"; "esse filme é velho pra caralho").
Por seu turno, quem nunca disse ou pelo menos não terá ouvido dizer para apreciar que uma coisa é boa ou lhe agrada: “isto é mesmo bom, caralho”.
Por outro lado, se alguém fala de modo ininteligível poder-se-á ouvir: "não percebo um caralho do que dizes" e se A aborrece B, B dirá para A “vai pró caralho” e se alguma coisa não interessa: “isto não vale um caralho” e ainda se a forma de agir de uma pessoa causa admiração: "este gajo é do caralho" e até quando alguém encontra um amigo que há muito tempo não via “como vai essa vida, onde caralho te meteste?”.
Para alguns, tal como no Norte de Portugal com a expressão popular de espanto, impaciência ou irritação “carago”, não há nada a que não se possa juntar um “caralho”, funcionando este como verdadeira muleta oratória.

sábado, 13 de novembro de 2010

Hitler na FDL

Adolfo, vulgar aluno da FDL, fica furioso com as suas notas e decide mudar de vida:



by um tal de A. Rolo.

Realmente, só faltava esta cena d'A Queda aplicada à FDL. Está giro sim Sr.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Licenciados de Bolonha não são suficientemente bons para serem Funcionários Públicos

Aparentemente os licenciados de Bolonha não são suficientemente bons para serem Funcionários Públicos. Pelo menos é a conclusão a que chega quem visita o site do BEP (Bolsa de Emprego Público).

No dito site, é possível encontrar vários anúncios de abertura de concursos públicos com vista ao recrutamento de Técnicos Superiores para exercerem funções na Universidade Nova de Lisboa(ok, eu sei que ninguém no seu juízo perfeito quereria ir para lá, mas pronto parece que há uma crise e convém fazer pela vida).

Para alguém entrar para a carreira de Técnico Superior é necessário que tenha uma habilitação ao nível da licenciatura. Poderá daí concluir-se que todos os que tenham a licenciatura exigida para o exercício da profissão podem candidatar-se ao concurso?

Num país normal onde as Universidades não sejam especialmente anormais talvez. Contudo estamos em Portugal, pelo que é possivel vermos uma Universidade Pública como a UNL a recusar-se a admitir em concurso público licenciados pós-Bolonha, como se pode ver, por exemplo, aqui (depois de abrirem o link, é carregar onde diz "Requisitos de Admissão").

Recorde-se que a UNL é um Universidade Pública e como tal implementou o Processo de Bolonha, formando assim alunos que, como se pode depreender pela atitude digna de um qualquer Marinho Pinto de algibeira, na opinião de quem a dirige, não servem sequer para integrar os seus quadros administrativos.

Desde alunos a professores, ninguém quis Bolonha (pelo menos fora do prato, caso se esteja a falar de esparguete admito que existam várias correntes de opinião), mas por vontade política o Processo foi em frente, pelo que seria, vá, simpático, que quem tanto defendeu este sistema também defendesse os seus resultados. Ah espera, mas isso seria coerência. Pois, então esqueçam lá isso.

Boa maneira de reforçar a confiança das empresas e da sociedade em geral no Ensino Superior Público.

domingo, 7 de novembro de 2010

"Sr Jorge Miranda, vá ler a CRP e depois falamos, ok?"

Ainda não percebi se sou que eu ando com azar nos blogues e demais sítios de Internet que visito, ou se efectivamente as Internetes andam a preparar uma revolução em Portugal.

É e-mails, é blogs, é Facebooks, isto está num clima tal, que qualquer dia o Sócrates leva um tiro à la Sidónio. Não sei se é a malta do PSD que anda a agitar isto, se é a Esquerda. Provavelmente são ambos. Em comum têm o facto de terem uma dificuldade extrema em engolir a legitimidade de um governo que ganhou as eleições há pouco mais de um ano. Interrogam-se de como é que é possível os portugueses terem votado de novo nos mesmos, como é que é possível os portugueses não terem a mesma visão que eles têm sobre os problemas do país, que são de causa e soluções óbvias, sem sequer se olharem ao espelho para contemplarem a desinteressante alternativa que são, que em último caso é boa parte da razão de os resultados eleitorais serem como são. Como o resto da esquerda já está mais que habituada a não estar no poder, está-me a parecer que os tiros vêm do outro lado.

Porra, já passei o limite de linhas políticas por texto autorizadas nos estatutos do Requerimento.

Ora, quer sobre a influência de agitadores ou não, quer estejam genuinamente preocupados com as suas vidas e o estado do país ou não, o que é certo é que a Internet dá voz a toda a gente, e democratiza a participação cívica, que não o é, mas parece. Toda a gente tem um bloguezinho com as suas opiniões por mais parvas que sejam, toda a gente pode dizer o que bem lhe apetecer no Facebook. Dois ou três pelintras podem ter um blogue idiota como este, que tem como base de partida a FDL, e sempre que há eleições, lá surgem mais uns quantos, com "verdades", "movimentos" e outros, sempre com intenções políticas. Uns lavam roupa suja, outros secam-na. E assim se veste muita muita gente daquela faculdade. Enfim...

Porra, divaguei.

Ora, estava a falar da democratização internáutica que dá voz a qualquer pessoa, e das pessoas que põem a sua voz na Internet independentemente do mérito das suas opiniões (aliás, só assim se compreende a minha crítica política no início deste texto). Ora, esta tem sido uma das minhas actividades online preferidas nos últimos tempos, observar o que o Net Povinho diz.

Esta não é das mais gravosas, mas no contexto do blog e de quem o lê, certamente tem muita piada. Ora vejam o comentário de uma tal Raquel, dirigido a Jorge Miranda:


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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Requerimento Integra

Agora que a praxe acabou e os novatos se preparam para iniciar as aulas, é altura para nós, que já andamos há alguns anos na faina, transmitirmos alguns conselhos a quem chega. Por incrível que pareça não o faremos atirando farinha ou dando coisas de caixotes do lixo a quem nos lê o que provavelmente só desvalorizará o que se segue. Adiante.


Conselho nº1

Não comprem o livro de Introdução à Economia Politica do Professor Fernando Araújo. Faz mal à postura porque é pesado, faz mal à carteira porque é caro e faz ainda pior à consciência porque nunca será lido. Pensando bem (e antecipando conceitos), não comprem nenhum livro (com excepção aos códigos). Se forem a um estabelecimento com nome de obra politico - filosófica que fica para os lados do jardim do Campo Grande vão encontrar uns sucedâneos a preços bem mais acessíveis.


Conselho nº2

Vocês nunca terão os capítulos de Introdução ao Direito do Professor Teixeira de Sousa.


Conselho nº3

Esta é uma variante da dica nº1. Ao longo do curso vão ser atacados por uma praga que dá pelo nome de "colectânea" . Basicamente consiste numa página de introdução escrita pelo pseudo autor, um índice, um monte de leis sacadas de borla do site do Diário da Republica e uma etiqueta que indica um preço nunca abaixo dos 20 euros. Vão ao site do Diário da Republica e façam vocês as vossas próprias colectâneas.


Conselho nº4

Se provarem o Menu Hamburguer do Bar Novo espetem logo uma facada ao hamburguer para que este não consiga fugir do prato. Sim, eles são assim tão mal passados. Já agora, cuidado com os pombos.


Conselho nº5

Não comprem nada ao Sr. Charneca! Não se deixem iludir pelas elaboradas alegorias com brinquedos nem pelas fotos da Nossa Senhora de Fátima! A esmagadora maioria do que ali está não vos vai servir, e o que pode servir está a um preço ainda mais exagerado que o do Roberto.


Conselho nº6

Não é necessário registarem-se para terem acesso à Biblioteca. Basta passar ao lado (literalmente) do detector de manápulas.


Conselho nº7

Esqueçam as teóricas das 9 da manhã. Mais cedo ou mais tarde vão deixar de ir, portanto mais vale começar já.


Conselho nº8

Cuidado com os múltiplos peditórios no trajecto Metro-Faculdade. Se algum dia se virem forçados a optar entre um peditório e outro, escolham o que tiver coreanos, pois estes não pedem dinheiro e aborrecimento por aborrecimento, mais vale que seja de borla.


Dica nº 9

Cuidado com este senhor.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Procuram-se disciplinas

Procuram-se disciplinas desaparecidas do novo e "inovador" plano de curso de Bolonha que iria trazer grande mudanças ao curso de Direito da FDL, adaptando-o aos novos tempos. Alegadamente.

Sem dizer ai nem ui, pela calada da noite numa FDL fechada, alguém foi ao plano de curso e alterou-o. Nada de mais, um ajustamento pequeno.

Das disciplinas optativas para o 4º ano que constavam no plano de estudos no ano passado, desapareceram cinco. Quem chegou agora ao 4º ano (o primeiro 4º ano do novo plano de curso de Bolonha da FDL), depara-se com a impossibilidade de se inscrever a:
  • Direito da Propriedade Intelectual
  • Direito Internacional Público II
  • Direito da Sociedade de Informação
  • Direito Comercial III
  • Direito do Comércio Internacional

Qualquer informação que tenha sobre estas disciplinas, é favor deixar na caixa de comentários. Os seus pais estão preocupados.

PS: Dizem-me que o Inglês Jurídico também desapareceu das disciplinas extra-curriculares. Agora a extensa oferta de disciplinas extra-curriculares na FDL resume-se a Medicina Legal. Ao menos podem ir ver gajos mortos, não se queixem.

domingo, 18 de julho de 2010

Nós temos um curso de banda larga, eh eh

Apesar de estar a escrever este post com uma ligação que só chega aos 100kbs se for com o portátil para a rua, a verdade é que se diz por aí que o curso de Direito hoje em dia é um "curso de banda larga". Isto porque "há muita gente com o curso de Direito, que não está na advocacia ou magistratura".

Vide: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/advogados-medicos-ultimas-tvi24-saude/1177158-4071.html

A culpa é do degradante ensino da matemática e da lógica das nossas escolas. Ora vejamos:
(A notícia fala dos casos de Medicina e Direito)

Medicina: Há uma grande falta de médicos. Vamos buscar espanhóis, não se abrem mais vagas. Jovens portugueses vão estudar medicina para outros países porque querem ser médicos. O país precisa deles, mas não se abrem vagas. Centros de Saúde fecham por falta de médicos. Outros não têm solução para quando os médicos que têm vão de férias ou se reformam. Lá se admite que é capaz de ser preciso abrir vagas. Abrem-se, ao todo no país, mais 3 vagas (!!!).

Em Direito há excesso de licenciados. Abrem-se mais cursos e faculdades. Direito tem mesmo muito excesso de licenciados e vagas. Abre-se ainda mais vagas. A dificuldade em arranjar emprego cresce. Não há problema, desde que apareçam mais vagas. As faculdades têm problemas financeiros. O governo ajuda, desde que abram mais vagas. Desemprego. Ou morrem à fome, ou os licenciados têm de optar por vias alternativas. Logo, "Direito é um curso de banda larga". Por isso abram mais vagas. Há licenciados em Direito em caixas de supermercados. "Shit, Direito é mesmo importante para muita coisa, abram mais vagas!". "Procura-se mordomo. Habilitações mínimas: Secundário completo nas Novas Oportunidades e curso de Direito com média de 12".

Realmente, Direito é um curso que nos abre muitas perspectivas e alternativas de vida. Cada vez menos relacionadas com Direito, é certo.

Caixas de supermercados, desempregados profissionais, emigrantes, coveiros...

Parecer do Requerimento sobre as mudanças na Constituição

Por favor não mexam na CRP. O Professor Jorge Miranda já é velhinho, e temos medo que se ele souber o que andam a pensar fazer, ainda lhe dê alguma coisinha má.

Pelo saúde do grande Jomi, não se mexa.

Obrigado.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A conversa habitual

Hoje encontrei a nossa querida Persona Naturale, como vocês sabem, uma combatente do estudo do Direito, e deixo-vos com um pequeno excerto da conversa:



FDS: Então, já és "doutora"?
Persona: Sim, só que no desemprego.




Apesar de ser época balnear, e consequentemente, ser uma altura do ano em que é algo precoce eu estar a afiar as facas para cascar no actual estado de coisas, temo com sinceridade que este excerto se torne parte recorrente das conversas com recém-licenciados.

Até porque Bolonha transformou, na prática, a licenciatura num diploma algo inútil em algumas áreas, tendo em vista o mercado de trabalho. Aos recém-licenciados, que outro remédio senão o mestrado? Do outro lado da moeda, temos os concursos públicos e os 10% de aprovação no exame à ordem.


Neste momento, nada como desejar "boa sorte".

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A fraude.

O bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, considerou hoje uma fraude o aumento do número de vagas para os cursos de Direito, justificando que o mercado já tem excesso de licenciados nesta área.


“O ensino do Direito degradou-se do ponto de vista científico, mas tornou-se um bom negócio. Quanto mais alunos conseguirem aliciar para entrar, mais dinheiro recebem as universidades”, afirmou Marinho Pinto à agência Lusa, acusando as instituições de viverem com “um despesismo escandaloso”, sobretudo no sector público e na área do Direito.

O bastonário reagiu desta forma ao aumento do número de vagas para os cursos de Direito, frisando que a medida “não tem nada a ver com as necessidades do país”.

“Toda a gente vê licenciados em Direito em call centers, em caixas de supermercados, a conduzir veículos e mesmo assim continuam a oferecer mais vagas em cursos de Direito. Parece que o país está a precisar de licenciados em Direito”, criticou.

Para Marinho Pinto, é preciso “denunciar e combater o despesismo das universidades”, que “cada ano exigem mais recursos, não para gastar em investigação, mas em situações de sobre emprego”.

“Tem de arranjar-se alunos para os professores que lá estão. Muito deles não têm condições para lá estar. Não deviam lá estar”, defendeu o bastonário, lamentando que os jovens depois não tenham saídas profissionais.

“A maioria destes jovens vai viver à custa dos pais na próxima década, se entrar para Direito. Só uma minoria é que vai encontrar saídas profissionais adequadas”, declarou, criticando também a duração dos cursos.

“O curso agora dura três e quatro anos, conforme as universidades. Pode hoje tirar-se o curso com três anos. No meu tempo nem o bacharelato. Eram precisos quatros anos para o bacharelato em Direito. Isto é uma vergonha”, disse.

O bastonário entende que o aumento de vagas “serve bem para propaganda”, mas o resultado é ter alguns destes jovens a conduzir camiões porque “não estão preparados para exercer uma profissão jurídica”.

Marinho Pinto considera que os responsáveis políticos e das instituições estão a “explorar as ilusões da juventude portuguesa” com este aumento de oferta nos cursos de Direito.

No próximo ano lectivo (2010/2011) haverá mais vagas para os alunos que se candidatem ao ensino superior, num total de 53 986 lugares nos vários cursos disponíveis.

No total das licenciaturas de Direito disponíveis no ensino público, incluindo no regime pós laboral, nas universidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Minho e Universidade Nova de Lisboa, estão disponíveis 1330 vagas, mais cem do que no ano anterior.
No Jornal do Belmiro



O nosso querido Zorro dos Descamisados do Direito volta a dizer mais uns ""disparates"". Descansa, António, as coisas não são bem assim... na FDL há salas para toda a gente, até sobram cadeiras e mesas nas aulas práticas. Todos os professores adoram ensinar e nem por sombras haverá docentes que lá estão para inchar o seu ego e o seu CV.



Se mesmo assim estiverem preocupados, não se ralem. Serão tomadas medidas para ser exercida pressão psicológica nos caloiros. Serão recomendados manuais extremamente desactualizados. Em Janeiro já estão a fazer exames, e só 20% conseguirá alcançar nota positiva. Depois das miseras orais, já todos querem desistir.

Já todos sabemos no que isto vai dar, não vai? Não é preciso explicar, pois não?

Mais um prego para o caixão.

Boas notícias!

Para o ano, vão haver cerca de 600 caloiros para o cacique!

Felizmente a recente deslocação de Teoria Geral do Direito Civil e respectivo staff para o 1º ano acaba por mandar metade dos caloiros para casa, depois de devidamente praxados.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Já começa a tornar-se cansativo

Esperei 15 dias para saber a nota de um exame.







Escrevem-se mails a docentes sem qualquer tipo de resposta.



....por aí fora, por aí fora...




Oiço pelos corredores e da boca de pessoas que penaram a meu lado frases como "vou masé fazer o mestrado para a Nova/Católica".



Ninguém na """""""academia"""""" ou """""""""""""""""melhor faculdade de Direito do país""""""""""""""""""""""""""" abre os olhos para isto?


É que o que se passa dentro da FDL já tem eco no mercado de trabalho. Não se iludam.


Complicar aquilo que já é tremendamente difícil é ESTÚPIDO. Não é exigência, é ESTUPIDEZ.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Requerimento volta a lembrar...

Artigo 22.º
(Recurso da nota da prova de frequência)
1. O aluno pode interpor recurso da nota da prova de frequência, dirigido ao Professor regente da disciplina, entregando o correspondente requerimento, na Divisão Académica, no prazo de 2 dias úteis após o dia da publicitação da nota, mediante o pagamento de taxa fixada anualmente pelo Conselho Directivo, onde indica, de forma fundamentada, a atribuição de cotação diferente.
2. No requerimento de interposição de recurso, o aluno deve proceder a uma análise individualizada de cada questão cuja cotação pretende ver alterada, referindo os pontos da matéria que invoca ter abordado correctamente, tendo em consideração os tópicos de correcção publicados.
3. O recurso que não obedeça às condições exigidas nos números anteriores, nomeadamente quanto à fundamentação, é liminarmente recusado pelo Professor-regente.


Artigo 20.º
(Tópicos da correcção da prova de frequência)
Os tópicos de correcção da prova de frequência são entregues, pela equipa docente, nos 4 dias úteis posteriores ao da realização da prova e antes da entrega das primeiras provas à Divisão Académica que procede à correspondente publicitação nos locais de estilo e no sítio da Faculdade na Internet.


________________________________________________

Quid Iuris se a grelha de correcção não for publicada?
1) ou o recurso que o aluno apresenta está mal fundamentado por não ter sido feito com base em critérios e grelha de correcção inexistentes, devendo por isso ser "liminarmente recusado", ou
2) o aluno não exerce o direito de recurso, à espera da grelha de correcção, e perde-o por ultrapassagem do prazo.

Nota do Requerimento:
Qualquer sensação de deja-vu que o leitor tenha em relação a este post, não é por nós propositada ou intencional. É apenas revelador que ISTO É SEMPRE A MESMA MERDA!

sábado, 22 de maio de 2010

Ele há com cada uma...

Ele há com cada uma na Biblioteca da FDL.

O nosso reportório da dita Biblioteca é já infindável. Mas vai aparecendo com cada coisa naquele espaço, que nunca podemos fechar o nosso livro de histórias da Biblioteca.

Mini Caso Prático: A é um aluno muito aplicado e a sua chefia no PCP mandou-o ler toda a obra de Cunhal. Ou se preferirem, B é um aluno que nem sequer gosta do PCP mas quis saber o que é que o Álvaro Cunhal andou a fazer pela sua faculdade, e quer consultar a sua tese.
Qual é a cota que devem procurar?

A tese, apresentada para exame no 5º ano, em 1940, tem a cota...

T-1974


Há cenas do coiso, não há?

PS: Isto não fui eu que descobri. Quem o fez se quiser os créditos que os reclame xD

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Coisas que nunca esperei que se passassem comigo

1) Estar na Biblioteca a estudar Comercial pelo Menezes Cordeiro e vir uma funcionária dizer: "Desculpe, já fechou..."

Como o tempo voa quando nos estamos a divertir...

sábado, 15 de maio de 2010

Saldanha Sanches - Homenagem


Nestas alturas nunca sei bem o que dizer, mas palavras lamechas é coisa que por cá não seu usa. Foi nosso professor, e só por isso já merecia a homenagem. Já nem me lembro se eram daquelas aulas teóricas que eu frequentava, ou se me baldava mais. Mas como era no primeiro ano, num tempo em que havia três aulas por semana ao longo de um ano lectivo só interrompido para exames uma vez, é provável que tenha assistido a mais aulas dele do que de outro regente qualquer. E há claro, aquela memorável oral de passagem às 9h00 da manhã e eu com 2h de sono, que quando o vi a dirigir-se à sala e me apercebi que seria feita por ele, fiquei quase aterrado. Não esquecendo o seu chumbo nas provas de agregação da FDL, que ainda hoje é um dos mistérios enterrados naquela casa.

Estranhamente, a notícia da sua morte afectou-me mais do que o habitual.

A não perder, a última (ou das últimas) entrevista.

Já que não foi declarado luto, e muito menos encerramento da Faculdade, fica aqui no Requerimento a nossa homenagem. É quase a mesma coisa.

terça-feira, 11 de maio de 2010

AAAFDL

Parece que o título está enganado, mas não. Afinal, para além da AAFDL também existe uma AAAFDL (Se não virem nada no link, andem para a direita... lol)

O Requerimento sentiu de repente uma necessidade de fundar uma AAAAFDL. Aceitamos sugestões.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Protecção Completa

Desde que entrei para a FDL que tenho sido cliente relativamente assíduo da Biblioteca. Como tal, tenho acompanhado a mirabolante evolução do regulamento interno desse espaço, evolução que se pode qualificar em 5 momentos fundamentais, ou fases se preferirem.


Fase 1: A entrada era formal e materialmente livre desde que as mochilas e os livros jurídicos ficavam à porta. Todos os livros? Não, os livros fotocopiados da nossa amada Utopia podiam entrar.

Fase 2: Alguém se lembrou de tornar a Biblioteca na sede dos MIB: só se entrava através de identificação digital e quem tentasse furar o sistema seria de imediato detido por estranhos seres alienígenas.

Fase 3: Criou-se o costume contra legem de mandar a identificação digital às malvas e perante o olhar orgulhoso do Professor Teixeira de Sousa o costume revogou uma lei.

Fase 4: 25 de Abril na Biblioteca! O pidesco bengaleiro foi encerrado compulsivamente e o acesso voltou a ser livre para pessoas e para todo o tipo de materiais. Até livros originais!

Fase 5: Que é aquela que hoje vivemos. O bengaleiro regressou e com ele, a proibição de entrar com livros (originais) na biblioteca.

Analisemos a actual situação. Qual é o motivo desta proibição?

Acabar com o excesso de população na Biblioteca e o consequente excesso de ruído? Se o motivo for esse, então é parvo. Nos bares não há livros (e por livros entenda-se aqueles que os alunos não compram por apenas serem necessários pontualmente). Na sala de estudo não só não há livros como não há tomadas nem há computadores. Não há alternativa à biblioteca. E a completa fruição desse espaço não está incluída na propina?

Não sendo esse o motivo, então o que resta é a questão do furto de livros.

A ser esse o motivo, é igualmente parvo visto que a biblioteca tem um alarme anti roubo instalado na entrada e porque a proibição, pasmem-se, abrange livros que não fazem parte do catálogo da biblioteca. Qual é a ideia? Proteger a biblioteca de perigosos benfeitores que podem cair na tentação de doar livros?

Basicamente a conclusão a que se chega é existem pessoas com demasiado tempo livre que pretendem mostrar serviço, ainda que mau. Um pouco como a AAFDL e os seus concursos de fotografia, portanto.

Concurso de Fotografia do Requerimento

O Requerimento tem um grande prazer em anunciar o seu primeiro concurso de fotografia. Qualquer pessoa pode participar, a começar deste preciso momento. O tema para o concurso é "Como a AAFDL nos faz rir".

Prémios:
1º lugar: PC portátil HP.
2º lugar: Câmara de vídeo HD que filma a 360º.
3º lugar: Playstation 3.

Enviem os trabalhos por e-mail.






...






Muito obrigado por participarem, o passatempo está agora encerrado. Mais uma excelente iniciativa do Requerimento, como sempre. Muito obrigado!



Quem não tiver percebido a piada deve ir aqui e comparar a data da publicação (visível apenas na Home) à data limite de entrega de trabalhos.

domingo, 25 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O famigerado...


Ei-lo!

Quem se mete com a ILGA leva!

Desta feita, a vitima foi o prodigioso Paulo Otero....


Polémica. Exame de 1.º ano, do constitucionalista Paulo Otero, denunciado por alunos aos órgãos da instituição. A associação ILGA vai escrever à faculdade e ao ministro

O constitucionalista Paulo Otero vai ser alvo de queixas de estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e da ILGA - Intervenção Gay, Lésbica, Bissexual e Transgénero (LGBT), devido a referências alegadamente "discriminatórias" e "insultuosas" dos homossexuais, num exame da sua autoria.

Em causa está uma prova de Direito Constitucional II em que - "em complemento à lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo" - se simulava a aprovação, pela Assembleia da República, dum diploma prevendo casa- mentos poligâmicos, entre pessoas e animais e entre animais, pedindo-se aos alunos que argumentassem a favor e contra a constitucionalidade do hipotético diploma.

A prova foi realizada por alunos do 1.º ano desta faculdade, onde Paulo Otero é professor catedrático, mas a denúncia partiu de uma estudante do 2.º ano, que decidiu divulgar o enunciado da prova na rede social Facebook.

Ao DN, Raquel Rodrigues, a autora da denúncia, admitiu "sentir medo" das consequências que o caso acto poderá trazer-lhe. Mas explicou tê-lo feito por não ter dúvidas de que "as comparações feitas na prova são atentatórias da dignidade da pessoa humana".

"[O professor] Até poderia ter usado aqueles exemplos, mas sem os relacionar com o diploma que consagra o casamento entre pessoas do mesmo sexo", defendeu.

Raquel Rodrigues não completou esta disciplina no primeiro ano - altura em que teve Paulo Otero como professor. Mas garantiu nunca ter tido motivo de queixas destes: "É um óptimo pedagogo. Por isso é que eu e muitos alunos ficámos surpreendidos."

Contactado pelo DN, o constitucionalista confirmou a autenticidade do exame, mas entendeu "não fazer comentários".

Já o director da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Eduardo Vera-Cruz, defendeu que a instituição tem "mecanismos próprios para avaliar o cumprimento das regras [de conduta], que estão na lei", mas recusou dizer se houve violação destas: "Não posso adiantar se há ou não há, pois seria leviano fazê-lo", disse.

"O professor Paulo Otero já me contactou e disse que está à disposição da faculdade e de todos os seus órgãos para dar os esclarecimentos necessários", acrescentou.

O Conselho Pedagógico da faculdade reuniu-se ontem mas, ao que o DN apurou, ainda não debateu a questão. Entretanto, um grupo de estudantes dos 2.º e 4.º anos de Direito terá já formalizado queixa junto deste órgão académico.

Também a ILGA vai pedir explicações: ""Vamos escrever à Faculdade, e caso se confirme a veracidade do que foi dito pretendemos saber o que será feito para que uma situação destas não se repita", disse o presidente da associação, Paulo Corte-Real, "Contactaremos também o ministro da tutela [Mariano Gago]".

Para o activista, o exame "contém um texto "obviamente insultuoso para gays e lésbicas".

E, "a verificar-se a sua autenticidade", acrescentou, "não parece haver muitas dúvidas sobre quais são as suas intenções".

Paulo Otero é um assumido opositor ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e está ligado à Plataforma Cidadania Casamento, que recolheu mais de 15 mil assinaturas para pedir ao Parlamento que levasse o assunto a referendo nacional.

Já Raquel Rodrigues - a aluna que desencadeou a denúncia - é filha do advogado Luís Grave Rodrigues, que há vários anos representa Teresa Pires e Helena Paixão, o casal lésbico que travou várias batalhas jurídicas pelo direito a casar-se.
no Noticiário Diário


Coisa que não aconteceria na cátedra do nosso querido Prof. Miranda, cujo teste, quanto muito, poderia ter uma ou outra menção a uma prostituta, a um proxeneta e a um toxicodependente.

À nossa colega Raquel fica a devida vénia, pela coragem. Espero que consiga fazer as cadeiras do 2º semestre. Se tem Constitucional em atraso, sugiro uma mudança de turma, para experimentar outros docentes e outros testes com alto teor de paranormal, pois estes, na FDL... é mato!


O Requerimento vai proceder em conformidade para obter uma cópia de tal tratado ofensivo à comunidade LGBT, e espero que não haja apenas uma única cópia em posse do Professor Doutor Charneca.


E não se esqueçam... we are family!