terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dúvidas Parvas Season 2 Episode 1

Este que vos escreve tinha a ilusão de que chegado ao 3º ano já não teria aulas onde os seus colegas confrontam os professores com dúvidas tão despropositadas que até o Menino e o Senhor Jesus reagiriam de forma sarcástica. Estava enganado. Muito enganado.



Para aumentar a imagem é clicar, para deixar estar como está é não fazer nada.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"Era uma Autoridade da Concorrência em cada esquina..."

Qual o melhor amigo do estudante de direito fdliano? Será o Código Civil? Será a alma que arranjou duas mesas novas de matraquilhos?

Não. O CC quanto muito será o melhor porta-cábulas e a alma que arranjou os matraquilhos quanto muito só será o melhor amigo da rapaziada que no ano passado esteve responsável(?) pela Sala Universia.

O melhor amigo do estudante de direito fdliano é sem dúvida alguma o café, esse liquido sagrado que quando ingerido em doses industriais nos possibilita ficar acordados em época de testes, mesmo quando o objecto de estudo é a prosa que o Professor Menezes Cordeiro dedica ao inicio do Universo ou à não menos importante temática do zigoto.

E o que se passa de errado no mundo do café? Sim, porque se estivesse tudo bem eu não escrevia nada. Passa-se que há uma conspiração em curso. Ora veja-se:

No ano passado existiam 3 fontes de café na Faculdade, a saber, a máquina da entrada, o Bar Velho e o originalmente denominado Bar Novo. O café da máquina era o melhor: era o mais barato, com maior qualidade e servido em maior quantidade. O uso do termo "era" não é inocente: a máquina "convenientemente" avariou e "convenientemente" nunca mais foi arranjada, deixando o mercado da bica entregue aos dois supracitados bares.

E com o que é que esses estabelecimentos nos brindaram neste novo ano? Um aumento usurário no preço dos cafés! 50 cêntimos no Bar Velho e 45 no Bar Novo, e se não quiseres vai à máquina...

Estaremos perante um cartel? A Autoridade da Concorrência já investigou? Ninguém quer regular isto? Qual o papel da Dona Fernanda (bem haja!) nesta situação? O Sinédrio já se pronunciou sobre esta importante problemática?

A investigação continuará...


domingo, 5 de outubro de 2008

Báu das recordações: Revisitando o 25 de Abril, como se fosse uma criança.

Um dos maiores desafios da minha vida teve inicio poucos dias antes do passado 25 de Abril. Tenho um irmão mais novo, que frequenta a escola primária, e nesse belo dia, com ele chegou um desafio - escrever uma composição sobre o 25 de Abril. Ora, como qualquer puto que se preze, o meu irmão não sabia rien dessa data, tirando uma ou duas coisas. Calhou a mim redigir essa composição, como se fosse da autoria de uma criança. Foi difícil, mas penso que consegui entrar no espírito. O melhor de tudo é que encontrei uma cópia desse texto, que passo a transcrever:

A Revolução dos Cravos aconteceu no dia 25 de Abril de 1974. Antes disso havia um regime chamado Estado Novo, famoso pelo seu presidente, Salazar. Em 1974, Salazar já tinha morrido, mas ainda havia o mesmo regime, um pouco menos duro, por causa do sucessor de Salazar, Marcelo Caetano.

A Revolução aconteceu porque os militares estavam descontentes com a guerra em África. Salazar insistia com a guerra, que parecia não ter fim. Depois de morrer, a guerra continuou por mais quatro anos, até acabar em 1974. Os militares de todo o país usaram os seus recursos para acabar com o regime, ficando conhecido este dia como o dia da Revolução dos Cravos porque os solados meteram cravos no cano das espingardas em sinal de paz.

Foi uma revolução pacífica. Morreram quatro pessoas em Lisboa, porque os agentes da PIDE atiraram sobre as pessoas que protestavam na rua. A PIDE era a polícia política do regime, muito temida pelas pessoas. Algumas pessoas chegaram a ser torturadas e perseguidas. Também havia a Censura, que controlava os livros e as noticias, e que cortava com um lápis azul as partes que o regime não queria.

Por causa destas coisas, as pessoas não gostavam das políticas de Salazar, mas Salazar ganhou o concurso para maior português de sempre, no ano passado, e eu achei muito estranho.

O 25 de Abril foi muito bom para a liberdade no país. Marcelo Caetano foi para o Brasil, e depois houve dois anos muito esquisitos. Em 1976 aparece uma Constituição para Portugal, que é a lei mais importante do país, mas até lá houve algumas confusões. Depois destas confusões, Portugal tornou-se num país livre, onde as pessoas podem dizer as suas ideias sem problemas e não ter medo da PIDE, porque também deixou de existir. Também passou a haver democracia, que é todas as pessoas com mais de 18 anos poderem votar, e também passou a haver vários partidos, que antes eram clandestinos. Por isso se diz que o 25 de Abril restaurou a democracia em Portugal.

Bem, depois disto, fiz figas para que a professora não fosse militante do PCP... creio que não era.