quarta-feira, 28 de abril de 2010

Protecção Completa

Desde que entrei para a FDL que tenho sido cliente relativamente assíduo da Biblioteca. Como tal, tenho acompanhado a mirabolante evolução do regulamento interno desse espaço, evolução que se pode qualificar em 5 momentos fundamentais, ou fases se preferirem.


Fase 1: A entrada era formal e materialmente livre desde que as mochilas e os livros jurídicos ficavam à porta. Todos os livros? Não, os livros fotocopiados da nossa amada Utopia podiam entrar.

Fase 2: Alguém se lembrou de tornar a Biblioteca na sede dos MIB: só se entrava através de identificação digital e quem tentasse furar o sistema seria de imediato detido por estranhos seres alienígenas.

Fase 3: Criou-se o costume contra legem de mandar a identificação digital às malvas e perante o olhar orgulhoso do Professor Teixeira de Sousa o costume revogou uma lei.

Fase 4: 25 de Abril na Biblioteca! O pidesco bengaleiro foi encerrado compulsivamente e o acesso voltou a ser livre para pessoas e para todo o tipo de materiais. Até livros originais!

Fase 5: Que é aquela que hoje vivemos. O bengaleiro regressou e com ele, a proibição de entrar com livros (originais) na biblioteca.

Analisemos a actual situação. Qual é o motivo desta proibição?

Acabar com o excesso de população na Biblioteca e o consequente excesso de ruído? Se o motivo for esse, então é parvo. Nos bares não há livros (e por livros entenda-se aqueles que os alunos não compram por apenas serem necessários pontualmente). Na sala de estudo não só não há livros como não há tomadas nem há computadores. Não há alternativa à biblioteca. E a completa fruição desse espaço não está incluída na propina?

Não sendo esse o motivo, então o que resta é a questão do furto de livros.

A ser esse o motivo, é igualmente parvo visto que a biblioteca tem um alarme anti roubo instalado na entrada e porque a proibição, pasmem-se, abrange livros que não fazem parte do catálogo da biblioteca. Qual é a ideia? Proteger a biblioteca de perigosos benfeitores que podem cair na tentação de doar livros?

Basicamente a conclusão a que se chega é existem pessoas com demasiado tempo livre que pretendem mostrar serviço, ainda que mau. Um pouco como a AAFDL e os seus concursos de fotografia, portanto.

Concurso de Fotografia do Requerimento

O Requerimento tem um grande prazer em anunciar o seu primeiro concurso de fotografia. Qualquer pessoa pode participar, a começar deste preciso momento. O tema para o concurso é "Como a AAFDL nos faz rir".

Prémios:
1º lugar: PC portátil HP.
2º lugar: Câmara de vídeo HD que filma a 360º.
3º lugar: Playstation 3.

Enviem os trabalhos por e-mail.






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Muito obrigado por participarem, o passatempo está agora encerrado. Mais uma excelente iniciativa do Requerimento, como sempre. Muito obrigado!



Quem não tiver percebido a piada deve ir aqui e comparar a data da publicação (visível apenas na Home) à data limite de entrega de trabalhos.

domingo, 25 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O famigerado...


Ei-lo!

Quem se mete com a ILGA leva!

Desta feita, a vitima foi o prodigioso Paulo Otero....


Polémica. Exame de 1.º ano, do constitucionalista Paulo Otero, denunciado por alunos aos órgãos da instituição. A associação ILGA vai escrever à faculdade e ao ministro

O constitucionalista Paulo Otero vai ser alvo de queixas de estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e da ILGA - Intervenção Gay, Lésbica, Bissexual e Transgénero (LGBT), devido a referências alegadamente "discriminatórias" e "insultuosas" dos homossexuais, num exame da sua autoria.

Em causa está uma prova de Direito Constitucional II em que - "em complemento à lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo" - se simulava a aprovação, pela Assembleia da República, dum diploma prevendo casa- mentos poligâmicos, entre pessoas e animais e entre animais, pedindo-se aos alunos que argumentassem a favor e contra a constitucionalidade do hipotético diploma.

A prova foi realizada por alunos do 1.º ano desta faculdade, onde Paulo Otero é professor catedrático, mas a denúncia partiu de uma estudante do 2.º ano, que decidiu divulgar o enunciado da prova na rede social Facebook.

Ao DN, Raquel Rodrigues, a autora da denúncia, admitiu "sentir medo" das consequências que o caso acto poderá trazer-lhe. Mas explicou tê-lo feito por não ter dúvidas de que "as comparações feitas na prova são atentatórias da dignidade da pessoa humana".

"[O professor] Até poderia ter usado aqueles exemplos, mas sem os relacionar com o diploma que consagra o casamento entre pessoas do mesmo sexo", defendeu.

Raquel Rodrigues não completou esta disciplina no primeiro ano - altura em que teve Paulo Otero como professor. Mas garantiu nunca ter tido motivo de queixas destes: "É um óptimo pedagogo. Por isso é que eu e muitos alunos ficámos surpreendidos."

Contactado pelo DN, o constitucionalista confirmou a autenticidade do exame, mas entendeu "não fazer comentários".

Já o director da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Eduardo Vera-Cruz, defendeu que a instituição tem "mecanismos próprios para avaliar o cumprimento das regras [de conduta], que estão na lei", mas recusou dizer se houve violação destas: "Não posso adiantar se há ou não há, pois seria leviano fazê-lo", disse.

"O professor Paulo Otero já me contactou e disse que está à disposição da faculdade e de todos os seus órgãos para dar os esclarecimentos necessários", acrescentou.

O Conselho Pedagógico da faculdade reuniu-se ontem mas, ao que o DN apurou, ainda não debateu a questão. Entretanto, um grupo de estudantes dos 2.º e 4.º anos de Direito terá já formalizado queixa junto deste órgão académico.

Também a ILGA vai pedir explicações: ""Vamos escrever à Faculdade, e caso se confirme a veracidade do que foi dito pretendemos saber o que será feito para que uma situação destas não se repita", disse o presidente da associação, Paulo Corte-Real, "Contactaremos também o ministro da tutela [Mariano Gago]".

Para o activista, o exame "contém um texto "obviamente insultuoso para gays e lésbicas".

E, "a verificar-se a sua autenticidade", acrescentou, "não parece haver muitas dúvidas sobre quais são as suas intenções".

Paulo Otero é um assumido opositor ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e está ligado à Plataforma Cidadania Casamento, que recolheu mais de 15 mil assinaturas para pedir ao Parlamento que levasse o assunto a referendo nacional.

Já Raquel Rodrigues - a aluna que desencadeou a denúncia - é filha do advogado Luís Grave Rodrigues, que há vários anos representa Teresa Pires e Helena Paixão, o casal lésbico que travou várias batalhas jurídicas pelo direito a casar-se.
no Noticiário Diário


Coisa que não aconteceria na cátedra do nosso querido Prof. Miranda, cujo teste, quanto muito, poderia ter uma ou outra menção a uma prostituta, a um proxeneta e a um toxicodependente.

À nossa colega Raquel fica a devida vénia, pela coragem. Espero que consiga fazer as cadeiras do 2º semestre. Se tem Constitucional em atraso, sugiro uma mudança de turma, para experimentar outros docentes e outros testes com alto teor de paranormal, pois estes, na FDL... é mato!


O Requerimento vai proceder em conformidade para obter uma cópia de tal tratado ofensivo à comunidade LGBT, e espero que não haja apenas uma única cópia em posse do Professor Doutor Charneca.


E não se esqueçam... we are family!