sábado, 27 de novembro de 2010

Ahhh Marinho!!

Iniciem-se as revoltas, os pasmos, os "como é possível" e as lamentações. Lamentem o estilo, o populismo, e a pouca dignidade que dá ter um sangue-de-lama com média de 11 como Bastonário.

E depois calem-se, respeitando a vontade democrática expressa nas urnas. Quando se cria um monstro em cativeiro, tem de se ter cuidado para ele não ficar com mais força do que nós. E não me estou a referir ao Marinho, mas a um monstro composto por 27 mil pessoas.

Onde está agora "o Bastonário por todos criticado", que "ninguém o queria", e que "tinha todos os advogados contra si"?

Que mania que algumas pessoas têm de falar como se a sua visão e opinião pessoal e do seu círculo de amigos fosse uma verdade universal e incontestável. Vamos ver qual o prazo de legitimidade que esta eleição dá a Marinho. Três anos não será de certeza. Daqui a 6 meses já estará com as armas de novo apontadas em sua direcção.

Que analogia interessante podia fazer, politicamente...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Passatempo Requerimento É Idiota e Biblioteca Nacional

Quem nos acompanha sabe que uma das fontes de inspiração recorrentes deste blog é a Biblioteca da nossa Faculdade. Contudo hoje será feita uma excepção: vamos criticar outra biblioteca, a Biblioteca Nacional.

Esse espaço situado no Campo Grande vai entrar em obras pelo que será necessário encontrar espaços alternativos para aqueles que o frequentam, quer sejam utilizadores ocasionais quer vivam lá desde 1970 e não tenham visto a luz do dia desde então. Nesse sentido, foi apresentada uma lista de outras bibliotecas em que está incluída a nossa muita amada Biblioteca da FDL. A lista está aqui.

Neste ponto a questão que se coloca e que tem tanto de primitivo como de essencial é: e onde é que se vão sentar?

O tipico frequentador da biblioteca endireita-se, faz voz grossa e grita: Não passarão pelo Receptáculo de Manápulas! Nem mais um utilizador para as fotocopiadoras!

Lamento muito caro tipico frequentador da biblioteca, agora que o Receptáculo finalmente daria jeito para repelir os invasores para a Biblioteca de Letras já não se encontra ao serviço, tendo sido retirado. Mas acho que a placa da Caixa ainda lá está. Será que agora patrocina a parede?

Amanhã vou lá confirmar.

Para concluir, todos sabemos o Darfur jurídico que a biblioteca se torna com o aproximar dos testes e sobretudo dos exames pelo que não sei até que ponto será viável receber mais gente. Da nossa parte, ficam aqui com uns pequenos passatempos "Em que estantes estão os códigos do Doutor Wally, biblioteca da FDL rules" para se entreterem enquanto esperam por uma mesa.







sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Jurisprudência do Caralho

Não, este não é um post ordinário. Nós cá não gostamos dessas merd... coisas. Este post versa, literalmente, sobre jusrisprudência do "caralho", nomeadamente quanto à multiplicidade de significados de "caralho", que variam conforme o contexto em que a palavra é proferida:


I - A palavra “caralho”, proferida por militar (Cabo da Guarda Nacional Republicana), na presença do seu Comandante, em desabafo, perante a recusa de alteração de turnos, não consubstancia a prática do crime de insubordinação por outras ofensas, previsto e punível pelo artigo 89º, n.º 2, alínea b), do Código de Justiça Militar.
II - Será menos própria numa relação hierárquica, mas está dentro daquilo que vulgarmente se designa por “linguagem de caserna”, tal como no desporto existe a de “balneário”, em que expressões consideradas ordinárias e desrespeitosas noutros contextos, porque trocadas num âmbito restrito (dentro das instalações da GNR) e inter pares (o arguido não estava a falar com um oficial, subalterno, superior ou general, mas com um 2º Sargento, com quem tinha uma especial relação de proximidade e camaradagem) e são sinal de mera virilidade verbal. Como em outros meios, a linguagem castrense utilizada pelos membros das Forças Armadas e afins, tem por vezes significado ou peso
específico diverso do mero coloquial.

Fonte

E no referido acórdão, ainda se pode ler:

Segundo as fontes, para uns a palavra “caralho” vem do latim “caraculu” que significava pequena estaca, enquanto que, para outros, este termo surge utilizado pelos portugueses nos tempos das grandes navegações para, nas artes de marinhagem, designar o topo do mastro principal das naus, ou seja, um pau grande. Certo é que, independentemente da etimologia da palavra, o povo começou a associar a palavra ao órgão sexual masculino, o pénis. E esse é o significado actual da palavra, se bem que no seu uso popular quotidiano a conotação fálica nem sequer muitas vezes é racionalizada.
Com efeito, é público e notório, pois tal resulta da experiência comum, que CARALHO é palavra usada por alguns (muitos) para expressar, definir, explicar ou enfatizar toda uma gama de sentimentos humanos e diversos estados de ânimo.
Por exemplo “pra caralho” é usado para representar algo excessivo. Seja grande ou pequeno demais. Serve para referenciar realidades numéricas indefinidas (exº: "chove pra caralho"; "o Cristiano Ronaldo joga pra caralho"; "moras longe pra caralho"; "o ácaro é um animal pequeno pra caralho"; "esse filme é velho pra caralho").
Por seu turno, quem nunca disse ou pelo menos não terá ouvido dizer para apreciar que uma coisa é boa ou lhe agrada: “isto é mesmo bom, caralho”.
Por outro lado, se alguém fala de modo ininteligível poder-se-á ouvir: "não percebo um caralho do que dizes" e se A aborrece B, B dirá para A “vai pró caralho” e se alguma coisa não interessa: “isto não vale um caralho” e ainda se a forma de agir de uma pessoa causa admiração: "este gajo é do caralho" e até quando alguém encontra um amigo que há muito tempo não via “como vai essa vida, onde caralho te meteste?”.
Para alguns, tal como no Norte de Portugal com a expressão popular de espanto, impaciência ou irritação “carago”, não há nada a que não se possa juntar um “caralho”, funcionando este como verdadeira muleta oratória.

sábado, 13 de novembro de 2010

Hitler na FDL

Adolfo, vulgar aluno da FDL, fica furioso com as suas notas e decide mudar de vida:



by um tal de A. Rolo.

Realmente, só faltava esta cena d'A Queda aplicada à FDL. Está giro sim Sr.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Licenciados de Bolonha não são suficientemente bons para serem Funcionários Públicos

Aparentemente os licenciados de Bolonha não são suficientemente bons para serem Funcionários Públicos. Pelo menos é a conclusão a que chega quem visita o site do BEP (Bolsa de Emprego Público).

No dito site, é possível encontrar vários anúncios de abertura de concursos públicos com vista ao recrutamento de Técnicos Superiores para exercerem funções na Universidade Nova de Lisboa(ok, eu sei que ninguém no seu juízo perfeito quereria ir para lá, mas pronto parece que há uma crise e convém fazer pela vida).

Para alguém entrar para a carreira de Técnico Superior é necessário que tenha uma habilitação ao nível da licenciatura. Poderá daí concluir-se que todos os que tenham a licenciatura exigida para o exercício da profissão podem candidatar-se ao concurso?

Num país normal onde as Universidades não sejam especialmente anormais talvez. Contudo estamos em Portugal, pelo que é possivel vermos uma Universidade Pública como a UNL a recusar-se a admitir em concurso público licenciados pós-Bolonha, como se pode ver, por exemplo, aqui (depois de abrirem o link, é carregar onde diz "Requisitos de Admissão").

Recorde-se que a UNL é um Universidade Pública e como tal implementou o Processo de Bolonha, formando assim alunos que, como se pode depreender pela atitude digna de um qualquer Marinho Pinto de algibeira, na opinião de quem a dirige, não servem sequer para integrar os seus quadros administrativos.

Desde alunos a professores, ninguém quis Bolonha (pelo menos fora do prato, caso se esteja a falar de esparguete admito que existam várias correntes de opinião), mas por vontade política o Processo foi em frente, pelo que seria, vá, simpático, que quem tanto defendeu este sistema também defendesse os seus resultados. Ah espera, mas isso seria coerência. Pois, então esqueçam lá isso.

Boa maneira de reforçar a confiança das empresas e da sociedade em geral no Ensino Superior Público.

domingo, 7 de novembro de 2010

"Sr Jorge Miranda, vá ler a CRP e depois falamos, ok?"

Ainda não percebi se sou que eu ando com azar nos blogues e demais sítios de Internet que visito, ou se efectivamente as Internetes andam a preparar uma revolução em Portugal.

É e-mails, é blogs, é Facebooks, isto está num clima tal, que qualquer dia o Sócrates leva um tiro à la Sidónio. Não sei se é a malta do PSD que anda a agitar isto, se é a Esquerda. Provavelmente são ambos. Em comum têm o facto de terem uma dificuldade extrema em engolir a legitimidade de um governo que ganhou as eleições há pouco mais de um ano. Interrogam-se de como é que é possível os portugueses terem votado de novo nos mesmos, como é que é possível os portugueses não terem a mesma visão que eles têm sobre os problemas do país, que são de causa e soluções óbvias, sem sequer se olharem ao espelho para contemplarem a desinteressante alternativa que são, que em último caso é boa parte da razão de os resultados eleitorais serem como são. Como o resto da esquerda já está mais que habituada a não estar no poder, está-me a parecer que os tiros vêm do outro lado.

Porra, já passei o limite de linhas políticas por texto autorizadas nos estatutos do Requerimento.

Ora, quer sobre a influência de agitadores ou não, quer estejam genuinamente preocupados com as suas vidas e o estado do país ou não, o que é certo é que a Internet dá voz a toda a gente, e democratiza a participação cívica, que não o é, mas parece. Toda a gente tem um bloguezinho com as suas opiniões por mais parvas que sejam, toda a gente pode dizer o que bem lhe apetecer no Facebook. Dois ou três pelintras podem ter um blogue idiota como este, que tem como base de partida a FDL, e sempre que há eleições, lá surgem mais uns quantos, com "verdades", "movimentos" e outros, sempre com intenções políticas. Uns lavam roupa suja, outros secam-na. E assim se veste muita muita gente daquela faculdade. Enfim...

Porra, divaguei.

Ora, estava a falar da democratização internáutica que dá voz a qualquer pessoa, e das pessoas que põem a sua voz na Internet independentemente do mérito das suas opiniões (aliás, só assim se compreende a minha crítica política no início deste texto). Ora, esta tem sido uma das minhas actividades online preferidas nos últimos tempos, observar o que o Net Povinho diz.

Esta não é das mais gravosas, mas no contexto do blog e de quem o lê, certamente tem muita piada. Ora vejam o comentário de uma tal Raquel, dirigido a Jorge Miranda:


Carregar para abrir