Porque alguns não perceberam...
Parece-me então ser a melhor altura para dizer o seguinte:
Um judeu vai colocar um anúncio no jornal. - Gostaria de colocar uma nota fúnebre sobre a morte da minha mulher. - Com certeza, que texto quer colocar? - Apenas "Sara morreu". - Só isso? - espanta-se o interlocutor. - Sim, não quero gastar muito dinheiro. - Mas o preço mínimo permite até 6 palavras. - Ah! bom. Sendo assim, ponha: "Sara morreu. Vendo Opel Monza 94."
Oportuno, não foi? Também acho.
Ao Fernando Pessoa que aí anda a comentar, que se faz passar por 2 ou 3 gajos, com 2 ou 3 blogs, umas notas.
Gajos ignorantes de Direito como nós, estão-se a cagar para o sentido de justiça do Camus. Gajos ignorantes de Direito como nós estão-se a cagar para a ética moral. Gajos ignorantes de Direito como nós estão-se a cagar para a lógica, argumentação filosófica, falácias, factos e conclusões histórias, e toda a merda herdada dos gregos, que aliás, sempre me pareceu algo deveras rabeta.
Estou-me nas tintas se um gajo de Filosofia percebe o alcance das considerações feitas com base no Direito. Claro que não percebe, e responde com Filosofia, chocado. Seria necessário que tivesse pelo menos alguns conhecimentos de Direito, para que a discussão não fosse parva. Deste lado, seriam necessários alguns conhecimentos de Filosofia se o estivesse para aturar, mas acima de tudo falta-me a vontade, por isso assunto arrumado.
Independentemente de tudo o que se disse, este julgamento é indecente por este simples facto:
Ao Fernando Pessoa que aí anda a comentar, que se faz passar por 2 ou 3 gajos, com 2 ou 3 blogs, umas notas.
Gajos ignorantes de Direito como nós, estão-se a cagar para o sentido de justiça do Camus. Gajos ignorantes de Direito como nós estão-se a cagar para a ética moral. Gajos ignorantes de Direito como nós estão-se a cagar para a lógica, argumentação filosófica, falácias, factos e conclusões histórias, e toda a merda herdada dos gregos, que aliás, sempre me pareceu algo deveras rabeta.
Estou-me nas tintas se um gajo de Filosofia percebe o alcance das considerações feitas com base no Direito. Claro que não percebe, e responde com Filosofia, chocado. Seria necessário que tivesse pelo menos alguns conhecimentos de Direito, para que a discussão não fosse parva. Deste lado, seriam necessários alguns conhecimentos de Filosofia se o estivesse para aturar, mas acima de tudo falta-me a vontade, por isso assunto arrumado.
Independentemente de tudo o que se disse, este julgamento é indecente por este simples facto:
4 comentários:
Não esperavas mesmo que eu ficasse calado depois dessa, pois não?
Em primeiro lugar, tenho que te agradecer pela gargalhada e foliona palmada no joelho que mereceu a tua brilhante análise estilométrica que identificou o meu idolecto em 2 ou 3 blogs diferentes. Infelizmente, em nível de agudeza, a observação manteve-se no mesmo nível subterrâneo de tudo o resto que disseste. Tenho exactamente UM blog e assino sempre como Príapo em todos os comentários. Acho que já dei provas suficientes na minha maneira de falar que sou um gajo honesto e por isso é seguro acreditar em mim quando digo que não recorro a alter-egos para sustentar as minhas opiniões. Acontece que - acredites ou não - há mesmo por aí outras pessoas que acham que criminosos de guerra não deixam de o ser por usarem fralda.
E já que estamos numa de espeleologia deixa-me lá dizer qualquer coisinha sobre os teus poderosos argumentos acerca da auto-suficiência do Direito numa discussão moral, e sobre a pequenina Filosofia, que pelos vistos pensas ser uma espécie de hobby incompreensível que teima em não desaparecer, como o cricket. Como era a tua argumentação mesmo? Envolvia "cagar" quatro vezes, merda, uns rabetas milenares e algo a ver com pintura. Se soubesse que a teoria da argumentação jurídica era tão ordinária teria feito umas cadeiras extra-curriculares na FDL, ter-me-ia dado jeito na elaboração de alguns posts do meu (único) blog. E eu para aqui a atirar postas de pescada sobre Camus e mais não sei o quê. Que rabeta...
Bom, vendo bem a coisa, não há necessidade de contrapor argumento nenhum. Disseste tudo sozinho e sem ajuda. Tenho só de referir que explorar a piada recorrente dos "gregos rabetas" fica um bocado mal a um estudante de Direito visto que a insigne profissão que aspiras a ter tem a sua origem precisamente nessa cambada de paneleiros. Nos logógrafos, para ser exacto. O que dirá isso sobre ti? Ah, mas lá estou eu outra vez a usar argumentos... Esqueci-me da capacidade de resposta do teu sistema digestivo às minhas mariquices filosóficas.
Gostei da técnica "uma imagem vale mil palavras". Coitado do velhote, pá, fez-me mesmo pena, ouviste?... Fez lembrar aqueles judeus esfomeados das fotografias. É uma pena não ter sido julgado quando ainda não estava a cair de podre. Mas enfim, mais vale tarde que nunca.
Notas finais: uma discussão moral (apesar de te estares "a cagar" para a "ética moral", esta última uma expressão interessante) não exige conhecimentos nem de Filosofia nem de Direito, e achares que as nossas formações diferentes fazem a discussão parva é, enfim, parvo. Um pasteleiro de bolos de casamento e um engenheiro agrónomo poderiam perfeitamente ter esta mesma discussão e se calhar até melhor, visto que um saberia sem dúvida destrinçar entre as várias camadas da questão e o outro identificar merdas como ninguém. O que digo é que o Direito só por si não chega para avaliar um caso destes porque tem óbvias implicações filosóficas (admitindo que desconheço as jurídicas). Se me irrito é porque reajo sempre mal quando dou por mim a discutir com gajos como tu, que lêem o Código Penal como quem toma Viagra, e só não expando a metáfora um pouco mais porque o Viagra não é administrado via supositório. Só mais uma coisinha - como já demonstraste ad nauseam (diziam os rabetas latinos), não percebo nada de Direito. Mas cuidadinho ao usares a primeira pessoa do plural, ao referires-te aos "gajos de Direito" como uma carneirada de gente que pensa toda como tu. Porque sei que algumas das pessoas que tomas por meus heterónimos são na verdade teus colegas de curso e mesmo advogados e que apesar disso, como eu, acham que és um ignorante auto-iludido como raras vezes se vê.
A bola está do teu lado. E agora vê lá, não vale repetir as metáforas digestivas na resposta. Experimenta o sistema linfático desta vez, se fores ver bem até tem potencial argumentativo.
Tu ficar calado? Mais depressa o Papa vira árabe. Humm, talvez fosse melhor não pôr o Papa ao barulho, que também é velhinho e andou por lá naquela altura, segundo se diz. Vai na volta...
lolol
Não, Sr Ricardo Reis, longe de mim dizer que o Sr não é uma pessoa autónoma e totalmente independente dos outros que por aí andam.
Parece que ainda não percebeu, mas eu tenho todo o gosto (mais ou menos vah...) em explicar. Em questões de Direito, o Direito é auto suficiente. Eu sei que é algo de complicado de entender, mas é assim. Imagine por exemplo uma questão estritamente filosófica, área que domina ao contrário de mim. Para a discutir, não vai recorrer aos saberes profissionais de um padeiro, pois não? Exacto.
E esta questão, neste blog, é abordada do ponto de vista do Direito. Não da justiça divina, não do certo e do errado, nada de filosofiazinhas. Quanto aos condimentos, leva muita merda em cima, mas já era altura de perceber que este blog não é nem pretende ser um espaço idóneo para discussão saudável e justa. E muito menos para argumentações filosóficas, chiça penico que até me arrepio lool.
Se os "cagares", e "merdas" que digo são por si considerados argumentos, os quais pretende colocar em causa, força nisso. Para mim não passam mesmo de merda. E não vejo a utilidade de pensar, analisar e contra-argumentar merda. Mas se isso o faz feliz...
Sim, eu gosto dtanto de filosofia como voçê gosta da mente dos juristas. E vivemos felizes para sempre.
O Direito a jogar pela equipa da Grécia? Só se for naturalizado, tipo os brasileiros que não nasceram cá. Sabes que nós somos mais adeptos dos romanos. Os gregos eram demasiado bichonas. Os romanos eram másculos e viris. E homossexuais também. Mas homossexuais másculos e viris. O que faz toda a diferença.
Para o fim, realçar o essencial. Um julgamento não é uma questão filosófica. Discutir qual a justiça certa que lhe devia ser aplicada, é. Mas não é isso que vai acontecer no tribunal. Era giro ver um advogado a citar Camus lolol.
PS: Esqueci-me de falar do "nós". Obviamente que aqui no blog, nós temos mais de fazer do que andar a aprovar os posts um dos outros, só se publicando o que todos concordarem. Por isso o que eu digo, digo em meu nome e os outros que se pronunciem, se quiserem. Se usei o nós, era para me referir a todos os ignorantes de Direito, um grupo não por mim identificado. Quem quiser, que se inclua nele. Eu estou lá, claro. Em matéria extra-blog, nas faculdades de direito até se encontram comunistas, vê lá. Mesmo sendo quase um palácio real da direita. Por isso é mais que óbvio que não falo nem ninguém pode falar em nome de todos os colegas.
E eu a dar-lhe, ahn?
Pára lá de me tratar por "você" pá, devo ter a tua idade ou pouco mais. Sou apenas precocemente culto e genial. Seja como for "Sr. Ricardo Reis" é de longe demasiado formal para um gajo com a minha falta de educação. Quando muito trata-me simplesmente por "Rei".
Naturalmente não preciso que me instruam acerca da virilidade romana. Príapo, o deus de vasto pénis, foi venerado na Grécia mas em particular em Roma. Mas não subestimes a virilidade grega. Mesmo Sócrates, não obstante ser grande apreciador de rapazotes musculados, foi um soldado conhecido pela sua bravura. Talvez não seja de estranhar, diz-se que "quem tem cu tem medo" mas nada do que poderiam fazer a Sócrates no campo de batalha podia ser pior do que o que lhe faziam ao cu em tempo de paz.
É claro que em questões de Direito o Direito é auto-suficiente, isso nunca esteve em causa. Estranho apenas que não vejam que isto não é estritamente uma questão de Direito. Trata-se de saber se um indivíduo decrépito deve ser julgado ou não, e na medida em que a questão da imputabilidade tem um pezinho na Filosofia é de interesse para os mariquinhas do meu lado também. Aliás, é curioso que uses Camus para sustentar essa tua separação mosaica das águas porque a mais conhecida obra dele, O Estrangeiro, é filosófica e anda à volta precisamente de um julgamento. Mais, n'A Queda a personagem principal é um ex-advogado. Mesmo no Mito de Sísifo Camus fala da necessidade de se "viver sem apelo", enquanto metáfora jurídica. E de Kafka nem vale a pena falar... Como vês és mais filósofo do que julgas. Conversamente, não tenho nada contra as mentes jurídicas. Algumas considero-as mesmo minhas grandes amigas. E as gajas de Direito são, regra geral, de longe mais boas que as de Filosofia. Mas claro, dito isto tenho de acrescentar que continuo fiel às origens. Tal como Quasimodo, nunca hei-de estudar direito.
Está óbvio que cada um vai ficar na sua, e por mim tudo bem. Fumemos o cachimbo da paz. Na Grécia, após acesas discussões à mesa, faziam-se as libações e ficavam todos amigos outra vez. Depois iam para casa enrabarem-se. Fiquemo-nos, portanto, pelas libações.
Por agora calar-me-ei mas continuarei a chatear-vos em posts futuros sempre que disserem mais merdas ingénuas. E nessas alturas, assim como agora, eu e a minha mãe cá estaremos para receber as vossas justas réplicas.
Príapo falou.
Ao autor da bela piada sobre judeus, sugiro que vejas este link para te inspirares: http://www.calvin.edu/academic/cas/gpa/sturmer.htm
De facto, acho que podes melhorar o teu sentido de humor, e se tens vontade de aprender, deverás aprender com os melhores!
Por último, gostaria de dizer que não sou o Priapo, embora isso fosse óbvio.
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