Motivado pelo post desta rapaziada e pelo testemunho desta cliente satisfeita achei por bem dedicar umas linhas às "Novas Oportunidades".
Basicamente trata-se de uma Iniciativa (ou será esquema?) que visa atribuir uma formação equivalente ao 12º ano a todos aqueles que não o tenham completado. Em teoria poderia ser uma boa ideia. Toda a medida que possa contribuir para qualificar de facto a população é, em teoria, uma boa medida. Contudo, na prática, as Novas Oportunidades são um nada.
Sabem como é que aquilo funciona? Basicamente, o formando vai lá e tem como primeiro trabalho escrever a história da sua vida. Geralmente nesta parte brilham aqueles que por terem pouco mais de 18 anos não tem muito para contar, portanto não gastam nem muitos vocábulos nem muito papel.
Depois com base na tal biografia, o professor (...hrm...será orientador? ou será formador? ou então sujeito que tirou um curso de sociologia e agora não sabe o que há-de fazer com ele?) atribui ao aluno(?????) vários trabalhos a que correspondem determinado número de créditos.
Esta é a parte mais dramática para um frequentador das N.O. Fazer os trabalhos. No entanto como qualquer bom aluno do básico, secundário ou superior, o aluno das N.O. tem facilidade em trabalhar com as tecnologias nomeadamente com essa coisa da Internet, onde parece que existe uma outra coisa chamada Wikipédia que tem lá trabalhos para a malta copiar e tal, é chato é que por vezes vem em brasileiro mas pronto agora com isso do acordo ortográfico, não há-de ser nada.
Quando o aluno (ou será o Oportunista?) fez trabalhos (sobre coisas muito relevantes como embiente, electrodoméisticos, caros de corida ou Sócrastes o máior) suficientes para ter um minimo de créditos, é colocado perante um júri que lhe faz uma espécie de oral que determina a sua aprovação ou reprovação.
Também a prova oral é um momento espectacular. Durante cerca de 30 minutos, o júri tem uma conversa de café com o formando onde este fala uma coisa ou outra sobre a sua vida e planos futuros, emite 3 ou 4 opiniões sobre qualquer assunto do quotidiano e depois todos vão contentes à sua vida: o formando porque fica com o 12º ano (já mencionei que nessas provas NINGUÉM chumba, tal é o nível de brilhantismo dos presentes?) e o júri porque está uns cobres mais rico, bem como o formador que também leva o seu.
E depois vem o Sócras com uns quantos ministros e distribui diplomas e portáteis (dos bons, não é cá esse tal Magalhães) enquanto discursa para uma audiência que está tão ignorante como antes, com a diferença de que agora tem o 12º ano.
E depois dizem que este 12º ano vale tanto como o 12º ano tirado após um ano de estudo e testes.
E depois dizem que os Portugueses estão mais qualificados e competitivos e tal.
E depois é gasto um monte de dinheiro nisto.
E depois dizem que não é marketing.
E que acontece ao Ensino Nocturno no meio de tudo isto?
Ainda vamos a tempo de fazer um reset nesta merda?
Basicamente trata-se de uma Iniciativa (ou será esquema?) que visa atribuir uma formação equivalente ao 12º ano a todos aqueles que não o tenham completado. Em teoria poderia ser uma boa ideia. Toda a medida que possa contribuir para qualificar de facto a população é, em teoria, uma boa medida. Contudo, na prática, as Novas Oportunidades são um nada.
Sabem como é que aquilo funciona? Basicamente, o formando vai lá e tem como primeiro trabalho escrever a história da sua vida. Geralmente nesta parte brilham aqueles que por terem pouco mais de 18 anos não tem muito para contar, portanto não gastam nem muitos vocábulos nem muito papel.
Depois com base na tal biografia, o professor (...hrm...será orientador? ou será formador? ou então sujeito que tirou um curso de sociologia e agora não sabe o que há-de fazer com ele?) atribui ao aluno(?????) vários trabalhos a que correspondem determinado número de créditos.
Esta é a parte mais dramática para um frequentador das N.O. Fazer os trabalhos. No entanto como qualquer bom aluno do básico, secundário ou superior, o aluno das N.O. tem facilidade em trabalhar com as tecnologias nomeadamente com essa coisa da Internet, onde parece que existe uma outra coisa chamada Wikipédia que tem lá trabalhos para a malta copiar e tal, é chato é que por vezes vem em brasileiro mas pronto agora com isso do acordo ortográfico, não há-de ser nada.
Quando o aluno (ou será o Oportunista?) fez trabalhos (sobre coisas muito relevantes como embiente, electrodoméisticos, caros de corida ou Sócrastes o máior) suficientes para ter um minimo de créditos, é colocado perante um júri que lhe faz uma espécie de oral que determina a sua aprovação ou reprovação.
Também a prova oral é um momento espectacular. Durante cerca de 30 minutos, o júri tem uma conversa de café com o formando onde este fala uma coisa ou outra sobre a sua vida e planos futuros, emite 3 ou 4 opiniões sobre qualquer assunto do quotidiano e depois todos vão contentes à sua vida: o formando porque fica com o 12º ano (já mencionei que nessas provas NINGUÉM chumba, tal é o nível de brilhantismo dos presentes?) e o júri porque está uns cobres mais rico, bem como o formador que também leva o seu.
E depois vem o Sócras com uns quantos ministros e distribui diplomas e portáteis (dos bons, não é cá esse tal Magalhães) enquanto discursa para uma audiência que está tão ignorante como antes, com a diferença de que agora tem o 12º ano.
E depois dizem que este 12º ano vale tanto como o 12º ano tirado após um ano de estudo e testes.
E depois dizem que os Portugueses estão mais qualificados e competitivos e tal.
E depois é gasto um monte de dinheiro nisto.
E depois dizem que não é marketing.
E que acontece ao Ensino Nocturno no meio de tudo isto?
Ainda vamos a tempo de fazer um reset nesta merda?
5 comentários:
não és de cuius mas fazes testamentos? ou és muito precavido ou tás pra morrer ahahhaha
mais uma bela máquina de propaganda sócras, parece o BES, só que o BES faz branqueamento de capitais, o Sócras faz branqueamento de estatisticas.... bónito!
vamos a tempo vamos
É não é?
Eu sinto isso e muito mais...
Como sou "cota", no meu tempo a licenciatura era de 5 anos e, se quis ser mestre foram mais dois anitos a marrar (dois e meio, porque não deu mesmo)...!
Sete anos e seis meses ao todo para algo - um grau académico - que agora se tem ao fim de quatro anos... Ah e tal é o progresso!
Pois é e depois vem o dito fazer a propaganda de que a taxa de sucesso é de 99,99% é que nisto do pleno dá muito nas vistas.
Assim também eu posso vir a ser engenheiro - falta-me um fax...
Já coloquei esta questão noutros comentários:
- Quanto custa a nós todos a assessoria de imagem do engenheiro?
FDS: e prepara-te, porque para o ano o que não vão faltar vão ser de cuius para aturares!
Rits: és uma optimista :P
Ângela: Ao fim de 4 anos apenas temos a licenciatura... contudo concordo que o curso de devia manter nos moldes anteriores a Bolonha.
F. Nando: Esses números são claramente distorcidos. A taxa de sucesso é de 102%! xD
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