segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Pessoal, lamento, mas somos burros.

É essa a impressão com que fico após saber que o último candidato colocado na primeira fase na FDL entrou com média de 14.35. Isto no Contingente Geral, claro (que não é mais que designação pomposa dada a quem não é emigrante, madeirense, açoriano, deficiente ou uma combinação destes atributos).

Quando entrei para a Faculdade em 2006, o último colocado entrou com uma brilhante média de 11,30. Os sinos tocaram a rebate, gritava-se contra a vergonha que era permitir-se a entrada de alguém com uma média tão baixa, até a Tertúlia, durante a Praxe, apelou em pleno anfiteatro 1 que o dito/a caloiro/a se revelasse. Também a mim me pareceu mal.

Mas felizmente, parece que dois anos depois está tudo resolvido. O último a entrar ,para além de estar incumbido de fechar a porta, teve mais 3 valores de média que o seu antecessor. Será que de um momento para o outro a genialidade passou a imperar no Secundário? Será que estes caloiros agora vão tirar todos notas de 14 para cima, de tão geniais que são? Será que o estudante que entrou com 11.30 também teria entrado com 14.35 se tivesse exames tão fáceis no seu 12ºano? Será que consigo cravar alguém para ver o Benfica?

A resposta à maior parte destas perguntas pode ser obtida olhando para esta pergunta do exame de Português do 12º ano:

7. Para responder, escreva, na folha de respostas, o número do item, o número identificativo de cada elemento da coluna A e a letra identificativa do único elemento da coluna B que lhe corresponde.

A

1) Com o recurso a «É que» (linha 15),
2) Com o recurso à conjunção «mas» (linha 16),
3) Com a utilização da frase negativa iniciada por «De
outra coisa não fala» (linha 18),
4) Com o recurso ao travessão duplo (linhas 19-20),
5) Com a utilização da forma do verbo auxiliar modal «poderia» (linha 20),


B

a) o enunciador exprime oposição em relação à ideia apresentada anteriormente.
b) o enunciador narra um acontecimento ilustrativo da ideia exposta.
c) o enunciador nega para afirmar com mais veemência.
d) o enunciador estabelece uma lógica de finalidade.
e) o enunciador exprime uma ideia de conclusão em relação ao referido anteriormente.
f) o enunciador apresenta o conteúdo da frase como uma possibilidade.
g) o enunciador especifica a informação apresentada no segmento textual anterior.
h) o enunciador explica a ideia expressa desde o início do parágrafo.





9 comentários:

Anónimo disse...

Fui eu esse caloiro, ahaha! Brincadeira.

Anónimo disse...

Acho mal andarem ai a mandar bitaites por no nosso ano alguem ter entrado com 11,kkcoisa.

Lembro me perfeitamente que houve quem tivesse entrado com 10! eh eh Ou na segunda fase, ou o ano passado.

De qualquer maneira, o futuro da FDL está garantido.

É sempre saudoso ver pessoal que no secundário era 14 para cima, a levar com marchantes e companhia e tirar notas de um algarismo :)

Anónimo disse...

Eu entrei no ano em que numa fase o último colocado tinha nota à volta de 11v. e noutra fase o último colocado tinha nota à volta de 10 v.

O ano em que entrei foi também o último ano em que houve hipótese de efectuar exames do «regime antigo» e o primeiro ano em que se realizaram exames do «novo regime/plano», foi também o ano em que os exames passaram a ter a validade de 1+2 anos.

E mais importante, foi ainda o penúltimo ano em que os candidatos a qualquer facudlade de direito pública tiveram de se preparar e realizar pelo menos duas provas de ingresso do conjunto de três (Português, Filosofia e História).

O texto que comento não refere, mas é estremamente relavante que seja referido: este ano os candidatos a direito (fac. públicas) apresentaram apenas uma prova de ingresso (do conjunto Português/História).

Sublinhe-se a negrito as seguintes palavras: apresentaram apenas uma prova de ingresso.

Anónimo disse...

Eu entrei no ano em que numa fase o último colocado tinha nota à volta de 11v. e noutra fase o último colocado tinha nota à volta de 10 v.

O ano em que entrei foi também o último ano em que houve hipótese de efectuar exames do «regime antigo» e o primeiro ano em que se realizaram exames do «novo regime/plano», foi também o ano em que os exames passaram a ter a validade de 1+2 anos.

E mais importante, foi ainda o penúltimo ano em que os candidatos a qualquer facudlade de direito pública tiveram de se preparar e realizar pelo menos duas provas de ingresso do conjunto de três (Português, Filosofia e História).

O texto que comento não refere, mas é estremamente relavante que seja referido: este ano os candidatos a direito (fac. públicas) apresentaram apenas uma prova de ingresso (do conjunto Português/História).

Sublinhe-se a negrito as seguintes palavras: apresentaram apenas uma prova de ingresso.

Miguel Pereira disse...

Nando Leão, por muito que nos doa achar um 7 uma nota aceitável (pronto agora os leitores perderam o resto da consideração que tinham por nós xD) ainda bem que vai havendo Marchantes e companhia para contrabalançar esta "força" que parece querer licenciar toda a gente, tenha ou não capacidade para tal.

Cátia, não referi essa situação por desconhecimento mas também é muito grave, até porque se as facilidades dos exames nacionais (e porque não, de grande parte do ensino secundário) não são da responsabilidade da Faculdade, já o mesmo não se pode dizer das provas de ingresso, que são,salvo erro, fixadas por cada instituição de ensino superior

Miguel Pereira disse...

Já agora, por falar em facilidades no Secundário fica aqui um caso curioso.

Sabiam que há uma secundária em Setúbal em que uma indocente sugeriu aos seus pupilos que em vez de lerem esse calhamaço que dá pelo nome de Felizmente há Luar se dedicassem antes um resumo do mesmo?

Persona Naturale disse...

Miguel Pereira penso k o último a entrar no teu ano n foi com 11,3, mas sim com 10,3 se a memória n me falha.

Bj

Miguel Pereira disse...

Tens razão Persona, como disse mais acima o Apátrida Lyon, houve alguém que entrou com 10, qualquer coisa na segunda fase.

Não referi porque achei que o 11 já era suficientemente degradante xD

bj

Anónimo disse...

Miguel Pereira,

Regra geral as provas de ingresso são fixadas pelas instituições de ensino superior. Todavia, os elencos de provas de ingresso têm de ser conforme as orientações definidas nas deliberações da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (MCTES).

E há algumas particularidades na fixação da escolha entre a prova de português e a prova de história para as Faculdades de Direito Públicas que sugerem que a escolha não partiu das insituições de ensino.

1.º Até bem pouco tempo antes da saída do Guia de Acesso ao Ensino Superior nas páginas das faculdades de direito (à excepção da Escola de Direito da UM) havia a informação de que eram pedidas como provas de ingresso Português e História.

2.º Mesmo após já haver documento da CNAES em como a prova de ingresso era português ou história, mantinha-se nos sites das faculdades a informação de que eram necessárias duas provas de ingresso.

2.º A informação de que há à data é de que para o ano lectivo 2009/2010 também será necessário apresentar apenas uma prova de ingresso (das duas referidas anteriormente). Todavia, para o ano lectivo 2010/2011 serão pedidas, em princípio, duas provas de ingresso - excepto para a EDUM -(em regra História e Português).

3.º O ponto 2 é favorável à argumentação de que a mudança nas provas de ingresso (de História de PortuguÊs para apenas uma das duas) está relacionada com a extinção do exame nacional de filosofia. Ou seja, de que, o motivo para se permitir ingresso nas faculdades de direito públicas apenas com a prova de português, se deveria ao facto dos alunos de alguns agrupamentos (que tiveram filosofia mas não história) não poderem utilizar exame de filosofia para candidatura.